a beatificação da irmã Maria Clara traz aos dias de hoje a mensagem do «amor aos pobres», da capacidade de «enfrentar dificuldades» e do «amor a Deus»
a beatificação da irmã Maria Clara traz aos dias de hoje a mensagem do «amor aos pobres», da capacidade de «enfrentar dificuldades» e do «amor a Deus»aquilo que temos de admirar é a presença de Deus. Devemos louvar o Senhor por causa da irmã Clara, afirmou César das Neves num encontro de preparação para a beatificação da fundadora da congregação das Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição. Ela (irmã Maria Clara) não precisa da gente, está no céu, tem glória para dar e vender, acrescentou o professor, num encontro em Leiria.
Os tempos em que viveu Maria Clara do Menino Jesus (1843-1899), foram difíceis. Mas a miséria que se vivia nessa altura não é igual ao que se vive hoje. Por muito mal que estejamos hoje, sublinhou o docente da Universidade Católica Portuguesa. a miséria que se vive actualmente só é abordável como o fez a irmã Maria Clara, referiu. Ela fez-se pobre entre os pobres, a quem chamava a minha gente.
Enfrentou obstáculos, mostrou ser exemplo de paciência e persistência, porque tinha confiança na Divina Providência, isto é, a sua grandeza foi a de ter entregue tudo a Deus, lembrou César das Neves. ao longo da sua conferência, o economista apontou sete instrumentos que Deus usou para nos dar a irmã Maria Clara, desde a família católica onde nasceu, à sua ligação a São Vicente de Paulo, a São Francisco e Santa Clara de assis. Sem esquecer a maneira discreta e silenciosa como Nossa Senhora aparece na vida de Libânia do Carmo que, com o padre Raimundo Beirão fundou esta congregação.
Em 56 anos de vida, a irmã Maria Clara deixou uma marca de luz que ainda hoje nos inspira, assinalou a superiora geral da Congregação das Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição. Em particular, lembrou a irmã Maria Conceição Ribeiro, deixou tudo e fez-se pobre.
a superiora referiu-se ainda à espiritualidade alegre da fundadora e à nobreza e humildade com que aceitou o sofrimento. 12 anos depois da fundação da congregação, as Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição estavam a caminho da missão em África e na Índia.