São cerca de 250 as famílias formadas no Centro de Promoção Humana do Guiúa. Muitos deles já morreram. alguns às mãos da fome, outros debaixo das armas
São cerca de 250 as famílias formadas no Centro de Promoção Humana do Guiúa. Muitos deles já morreram. alguns às mãos da fome, outros debaixo das armasSão pilares admiráveis da Igreja de Inhambane. a tantos deles deve-se a sobrevivência da Igreja e das comunidades no tempo da revolução e da guerra. Foram eles que tomaram conta de uma Igreja ainda criança e frágil, tantas vezes em comunidades de recente fundação. Foram o amparo de uma Igreja órfã, com a saída e expulsão dos missionários. Contrariando tudo e todos, defenderam-na dos violentos ataques sofridos, que a alimentaram e formaram.
Um exemplo e um ensinamento para todos os cristãos, que nascem da própria cultura africana, em que os irmãos mais velhos são habituados, desde cedo, a tomar conta dos mais pequenos e mais frágeis. Nestes dias, estiveram reunidos alguns dos catequistas formados entre 1972 e 1987, tantos deles testemunhas de trágicos acontecimentos, onde a fé foi posta à prova. Neste curto espaço de tempo de reunião e partilha, foram lembrados os catequistas mortos no ataque ao Centro de Promoção Humana do Guiúa, em 1987. Nesse ano, perdeu a vida o catequista Peres Manuel e ocorreu o rapto de algumas famílias.
Evocou-se também o ataque de 1992 e o massacre de vários catequistas e familiares. Os mais jovens fizeram a pé uma peregrinação até ao local do martírio seguida de Eucaristia junto à cruz. Lembramos o testemunho daqueles gigantes da fé que, em tempos tão difíceis, conseguiram manter-se fiéis à Igreja.