a presença do Santo Padre entre nós de 11 a 14 de Maio é um desafio para os cristãos, mas também para todos os portugueses de boa vontade
a presença do Santo Padre entre nós de 11 a 14 de Maio é um desafio para os cristãos, mas também para todos os portugueses de boa vontade a dois dias do inicio da visita, já épossível constatar uma realidade emergente: o que Bento XVI disser e fizer enquanto permanecer em Portugal não será indiferente para o Mundo e muito menos, para os naturais da Terra de Santa Maria. Os meios de comunicação social nacionais e estrangeiros de todos os quadrantes tem feito uma cobertura de assuntos e acontecimentos relacionados com o Papa e a Igreja, como nunca antes acontecera.
a Igreja em Portugal, sobretudo através da comissão organizadora, tem desenvolvido um trabalho intenso e muito importante, que revela o cuidado da hierarquia enquanto estrutura de apoio ao ministério da Igreja. Por outro lado, e especialmente em aspectos de segurança, também o Estado português preparou o terreno no sentido de que haja condições para que a acção do nosso ilustre visitante – na sua dupla condição de Chefe da Igreja Católica e do Estado do Vaticano – possa decorrer de harmonia com as suas funções.
O Estado português desde 1974 é uma estrutura laica e a sociedade portuguesa encara a presença do representante de Pedro nesse contexto. Mas uma coisa éo Estado que nos tutela e outra, as pessoas que fazem parte da sociedade. Mas háoutra faceta – a principal – desta visita que deve preocupar cada um de nós, a sua mensagem que, certamente, seráde esperança. Para o mundo cristão, a Cova da Iria será o seu ponto de referência e a mensagem de Fátima o conteúdo da espiritualidade desses dias.
Nesta comunidade alargada da nossa sociedade ainda persistem as minorias, sobretudo radicais, que entendem e proclamam ideais e doutrinas completamente diferentes da visão cristã. Para ser cristãoénecessário viver como tal, dando o exemplo, através do amor e também da tolerância pela diferença. Temos nesta ocasião o pretexto adequado – se tal fosse preciso – para assumir uma posição clara enquanto comunidade cristã, mas de um modo mais concreto, como pessoas que desejam e lutam pelo bem comum.
a cada um de nós cabe a obrigação de proceder de molde a que sejamos conhecidos na sociedade como cristãos, tal como eram reconhecidos nos primórdios da Igreja vejam como eles se amam. Ou seja, o nosso coração deverá estar aberto ao próximo e agir em conformidade, mas da mesma forma sorver a mensagem da Igreja que nos será transmitida pelo Seu representante.