O episcopado português quer recuperar a “confiança quebrada” entre governo e professores em matéria de educação
O episcopado português quer recuperar a “confiança quebrada” entre governo e professores em matéria de educaçãoQueríamos que fosse recuperado o mais rapidamente possível, frisou o porta-voz da Conferência Episcopal Portugal aos jornalistas, no final da assembleia Plenária.
Numa nota do comunicado final, os bispos portugueses defendem a necessidade de diálogo entre dois dos pilares da Educação . Sem isso não auguramos muito bem para os alunos, para os pais, sublinhou o prelado.
aos professores dirigem uma palavra de estímulo e de confiança, cientes do quanto já se faz bem feito e com bons resultados, tanto em escolas estatais como particulares. E esperam que pais, alunos, professores católicos sejam agentes de esperança. Temos – sublinham – muita esperança que se recupere a confiança.
O secretário da Conferência Episcopal defende que a actual situação sirva para uma reflexão aprofundada sobre toda a temática da educação e não só sobre telemóveis e adereços. a situação registada na escola Carolina Micaellis levanta questões mais profundas que dizem respeito a toda a sociedade portuguesa.
Na reflexão que realizam ao longo desta semana sobre a situação da escola em Portugal, os bispos
consideram que é difícil, hoje, ser professor porque a escola é o lugar onde estão todos os problemas sociais, económicos, isto é, a escola é a caixa de ressonância dos problemas.
No documento final, os prelados dirigem uma palavra aos alunos, pais e professores. aos pais lembram que a educação dos filhos requer um acompanhamento mais próximo em que sobejam problemas e dilemas e faltam formação adequada e partilha de soluções.
aos alunos sublinham o esforço e dedicação ao estudo, num tempo de profundas mutações e incertezas, que requer das novas gerações sólidos conhecimentos de base, busca do sentido da vida, ambiente de disciplina, espírito crítico e criativo e activa participação cívica.
E sem esquecer o outro pilar, o governo, o episcopado deixa um recado: a educação escolar, antropologicamente fundamentada e apostada no desenvolvimento integral da pessoa humana de todos e de cada um dos alunos, é uma exigência absoluta para o futuro da sociedade portuguesa.