O Pontífice nomeou as chagas do nosso planeta e recordou as que são “muitas vezes ignoradas e, por vezes, escondidas de propósito” e que “despedaçam almas e corpos de incontáveis nossos irmãos e irmãs”
O Pontífice nomeou as chagas do nosso planeta e recordou as que são “muitas vezes ignoradas e, por vezes, escondidas de propósito” e que “despedaçam almas e corpos de incontáveis nossos irmãos e irmãs”Bento XVI dirigiu esta manhã à cidade de Roma e ao mundo – urbi et orbi – a sua mensagem pascal. Nela recorda que a Páscoa é um acontecimento surpreendente que mudou o curso da história. Dele vem-nos o convite a viver de modo a rejeitar o ódio e o egoísmo. E acrescenta: Que ninguém feche o coração à omnipotência do amor que nos redime!.
O Papa referiu-se, em seguida, às chagas da humanidade, abertas e dolorosas em cada canto do planeta. Chagas que são muitas vezes ignoradas e, por vezes, escondidas de propósito, chagas que despedaçam almas e corpos de incontáveis nossos irmãos e irmãs.
São feridas que esperam para ser aliviadas e curadas por Cristo Ressuscitado. O alívio e a cura passa através da solidariedade de quantos, na senda dos seus passos e em seu nome, realizam gestos de amor, e se comprometem activamente pela justiça. O Papa faz votos para que se multipliquem os testemunhos de mansidão e de perdão nestas situações e no mundo.
O Pontífice dirigiu o seu olhar, em particular, para algumas regiões africanas como o Darfur e a Somália, para o martirizado Médio Oriente e especialmente para a Terra Santa, Iraque, Líbano e, por fim, para o Tibete. Encorajou a que nestas regiões se encontrem soluções que salvaguardem o bem e paz e se oponham à violência, à injustiça e à violação dos direitos humanos. as soluções devem estar de acordo com a fraterna solidariedade e a paz.