é um testemunho e uma provocação, a peça que sobe à cena em Lisboa. Para mostrar como pode haver uma coabitação harmoniosa entre pessoas com origens e religiões diferentes
é um testemunho e uma provocação, a peça que sobe à cena em Lisboa. Para mostrar como pode haver uma coabitação harmoniosa entre pessoas com origens e religiões diferentesÉ a história do senhor Ibrahim, um árabe que tem uma loja, e do Momô, judeu menino e contador de histórias ao velho comerciante. afinal, esta não é uma simples história, da autoria de Eric-Emmanuel Schmitt, que agora vai ser levada ao palco – em Lisboa, no Instituto Franco-Português.
Especulou-se bastante com o facto de a criança ser judia e o merceeiro muçulmano. Têm razão. Da minha parte, foi absolutamente intencional. assim, quis ao mesmo tempo testemunhar e provocar. Testemunhar, porque em muitos lugares da terra as capitais europeias, os portos, as cidades americanas, as aldeias do Maghreb’ há uma coabitação harmoniosa entre pessoas com origens diferentes, religiões diferentes. Provocar, para dar uma imagem positiva do Islão no momento em que os terroristas desfiguravam esta fé entregando-se a actos inconcebíveis.
Quem assim escreve é o autor que desenha em breves linhas a importância das religiões para a paz, como defendem teólogos e pensadores. Schmitt, filósofo e escritor, quer assim contar esta caixa de segedos, para melhor se perceber o outro: de um lado, muçulmanos e judeus, e o cenário parece o do grande teatro da guerra; por outro lado, um velho e uma criança, e o palco é apenas uma caixa misteriosa em que se aprende a ternura, a vida e a morte, o perfume das flores que secaram dentro de um livro que é o Corão, mas que também podia ser a Bíblia ou a Torá.
O espectáculo de teatro O Senhor Ibrahim e as flores do Corão será apresentado em Lisboa nos próximos dia 28 e 29 de Março, pelas 21h30, no Instituto Franco-Português.