“ao contemplar a cruz, descubramos o mistério e a missão da Igreja de ser no mundo, fermento de Redenção”
“ao contemplar a cruz, descubramos o mistério e a missão da Igreja de ser no mundo, fermento de Redenção”Só de joelhos, na humildade da nossa fé, podemos contemplar a cruz de Cristo e impedir que ela não seja para nós um escândalo, algo de tão violento e incompreensível que nos leve a duvidar da bondade e da justiça de Deus, afirmou o cardeal patriarca de Lisboa na eucaristia da Paixão do Senhor na Sé catedral de Lisboa.
Na homiliaO escândalo da cruz, José Policarpo defendeu que a cruz é um acto de amor de Deus Pai pela humanidade que criou; é um acto de amor de Jesus por Deus, Seu pai, concretizado na obediência à vontade divina. Então porquê a morte? Trata-se de vencer radicalmente o mal e exorcizar a morte, inserindo-a no dinamismo da vida e da esperança, salientou.
O patriarca apontou a morte de Cristo como expressão do amor eterno que restitui ao sofrimento humano a possibilidade de ser expressão do amor. Ou seja, o amor de Deus pelo homem exprime-se na comunhão com o coração humano, e exige deste o apagamento (kenose) perante a divindade, a obediência sem limites, dando prioridade absoluta ao amor de Deus.