a confederação internacional da Cáritas alerta contra os efeitos da pobreza extrema, “o principal motor do tráfico de pessoas”
a confederação internacional da Cáritas alerta contra os efeitos da pobreza extrema, “o principal motor do tráfico de pessoas”O tráfico de seres humanos é alimentado pela pobreza, que com frequência é agravada pela injustiça e pela falta de oportunidades que fazem que as pessoas sejam vulneráveis aos criminosos, salientou a Cáritas Internationalis no Fórum Global Contra o Tráfico de Pessoas das Nações Unidas, que decorre em Viena.
as 162 agências católicas de assistência humanitária e solidariedade, presentes em 200 países, consideram que é fundamental adoptar políticas migratórias e económicas que reduzam a vulnerabilidade perante o tráfico.
a organização católica constata que o tráfico desses seres humanos acaba por reduzi-los escravoscom actos criminosos que violam os direitos humanos básicos, a dignidade inviolável e a integridade da pessoa humana.
Combater o tráfico significa preservar a dignidade humana, lutar contra a pobreza e promover e defender os direitos humanos. Todos estes elementos se encontram no coração da missão e do trabalho da Cáritas, explicita o documento.
a organização apela aos líderes do mundo, em particular aos das nações mais ricas, para que honrem seus compromissos para combater a pobreza e para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
Estas promessas não cumpridas estão a gerar desespero e uma desumanizante injustiça, que é o que o tráfico de pessoas e a escravidão significam, conclui a organização.
De acordo com os dados das Nações Unidas, 161 países são afectados por este tipo de crime, seja como países de origem, trânsito ou destino do tráfico de seres humanos. Este fenómeno produz lucros que ultrapassam os 31 mil milhões de dólares anuais, mais de 21 mil milhões de euros.