Ban Ki-moon diz que Marrocos e a Frente Polisário têm posições “muito afastadas” relativamente ao futuro do território ocupado
Ban Ki-moon diz que Marrocos e a Frente Polisário têm posições “muito afastadas” relativamente ao futuro do território ocupadoMarrocos e Frente Polisário têm posições muito afastadas relativamente ao futuro do território ocupado do Sara Ocidental, descreve o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, num relatório dirigido ao Conselho de Segurança, a 25 de Janeiro, e agora tornado público pela agência de notícias oficiosa do movimento independentista sariano, a SPS.
Na sua análise às negociações de 7 a 9 de Janeiro, que reuniram delegações das duas partes em Manhasset (Nova Iorque, EUa), Ki-moon lamenta que o Governo de Rabat e a Frente Polisário estão muito afastados quanto à forma de alcançar uma solução política justa, durável e mutuamente aceitável que permita a autodeterminação do povo do Sara Ocidental.
O secretário-geral reconhece que há um diálogo dinâmico, mas as suas alterações [nas posições tomadas] dificilmente podem ser qualificadas como negociações. Que é como quem diz, as duas partes permanecem irredutíveis num diálogo quase surdo. Concretamente, Ki-moon diz que Rabat e os independentistas têm fortes divergências de [pontos de] vista sobre questões fundamentais em jogo. Mais: nem um, nem outro analisaram alguns elementos da proposta da outra parte.
Recorde-se que o Conselho de Segurança adoptou em 2007 duas resoluções, a 1754 e a 1783, que reafirmam que a solução para o Sara Ocidental passa pela satisfação ao direito à autodeterminação do povo sariano. Mas o próprio conselho insistiu na necessidade das duas partes promoverem significativos avanços, o que não se tem verificado.