Cresce o número de deslocados, as escolas permanecem fechadas e o turismo parou. Na capital, Nairobi a situação é de certa acalmia, mas nos arredores alastra a violência
Cresce o número de deslocados, as escolas permanecem fechadas e o turismo parou. Na capital, Nairobi a situação é de certa acalmia, mas nos arredores alastra a violência a vaga de violência já atingiu o slum de Kibera (bairro), nos arredores da capital, depois de ter partido de Nakuru, Naivasha e passado por Limuru, apenas a 40 quilómetros a norte de Nairobi. Os habitantes de Kibera, um milhão e meio de habitantes, já começam a deslocar-se com os seus haveres. Quatro pessoas foram mortas, segundo fontes policiais.
Os conflitos e confrontos mantêm-se e atravessam um pouco todo o país, não apenas por motivos tribais, mas também políticos, após Raila Odinga recusar os resultados das eleições presidenciais de 27 de Dezembro. Os apoiantes do Movimento Democrático Laranja (ODM), de Odinga, confrontam-se com a polícia em Kibera, que procura destruir as barricadas.
as forças policiais acompanham as pessoas que continuam a deslocar-se para zonas mais seguras que os seus locais de habitação. Os voos de helicóptero pelo país mostram centenas e centenas de deslocados aterrorizados com os confrontos violentos que continuam a causar vítimas. Neste momento já se contam mais de 250 mil refugiados.
Em Nairobi, os hotéis estão fechados. Milhares de pessoas ficaram desempregadas. O turismo paralisou. O progresso e o desenvolvimento do país perderam a sua principal fonte de receitas. Espera-se que o processo de pacificação liderado por Kofi annan, antigo secretário-geral das Nações Unidas, possa conseguir rapidamente alguns progressos nas negociações. Cada dia que passa é uma oportunidade a menos.