O alto-comissário para a Imigração e Diálogo Intercultural assinalou o trabalho importante que a Igreja tem feito no acolhimento e integração dos imigrantes
O alto-comissário para a Imigração e Diálogo Intercultural assinalou o trabalho importante que a Igreja tem feito no acolhimento e integração dos imigrantesPortugal assume um olhar positivo das migrações no país e na Europa. É um dos melhores da Europa nesta matéria. Mas o futuro, em matéria de imigração exige coerência, defendeu Rui Marques na conferência da manhã, do VIII Encontro nacional de animadores sócio-pastorais das migrações.
O encontro que decorre em Fátima junta 60 responsáveis de vários organismos que trabalham com migrantes, sob o tema Os migrantes e o futuro da Europa. O alto-comissário para a Imigração e Diálogo Intercultural considerou que podemos ter problemas sérios se não formos coerentes na integração e, em matéria de igualdade de oportunidades para os filhos de imigrantes. Citou o caso francês (motins) para realçar que não estamos livres de acontecer como em França, se nada for feito. Portanto, o desafio é o da consciencialização já que estes casos decorrem dsas políticas pouco consistentes, coerentes e de integração dos imigrantes, apontou Rui Marques.
O responsável recusa a ideia de uma Europa fortaleza que não permita a entrada de migrantes e registou o adiamento de uma directiva dos direitos dos imigrantes, prevista para a presidência portuguesa da União Europeia. É muito curioso que seja uma área difícil de chegar a acordo, comentou.
Rui Marques apontou as 10 das 90 conclusões aprovadas pelo Conselho europeu registando que a temática da imigração esteve claramente presente. No entanto, sete dos dez pontos dizem respeito à gestão de fronteiras e apenas um, à integração, realçou. Nos últimos sete anos foram regularizadas em Portugal 240 mil pessoas.