Um grupo de estudantes e professores da Universidade romana “La Sapienza” (a sabedoria) protesta contra a intervenção de Bento XVI na inauguração do ano académico a 17 de Janeiro
Um grupo de estudantes e professores da Universidade romana “La Sapienza” (a sabedoria) protesta contra a intervenção de Bento XVI na inauguração do ano académico a 17 de JaneiroDurante um almoço, definido anti-clerical e animado por um grupo de professores e estudantes, foi decidido um programa anti-Ratzinger em vista de anular a visita do Papa à instituição. a iniciativa parte sobretudo da faculdade de Física.
Bento XVI foi convidado para a inauguração do ano académico, juntamente com outras individualidades como o presidente da Câmara de Roma, Walter Veltroni, e o ministro das Universidades, Fabio Mussi.
a carta dos contestatários, enviada há dias ao reitor, é assinada por 67 estudantes, professores e investigadores. a presença do Pontífice é descrita como um evento incongruente e fora da linha de laicidade da ciência.
Entre os motivos apresentados para a discordância, afirma-se que não se compreende como um representante de um estado estrangeiro deva inaugurar o ano académico numa universidade de estado. além disso, recordam os signatários que a posição do Papa sobre Galileu nos humilha e ofende.
a favor da visita do Papa está o Reitor da Universidade, entre muitos outros. Recorda que o convite se justifica pela importância do tema a tratar: a pena de morte. a Universidade romana apressa-se a acolher com alegria o Papa, homem de grande cultura e mensageiro de paz.
a emissora do Vaticano apelidou a atitude dos docentes contestatários de censura: a comunidade universitária espera com interesse a visita de Bento XVI, todavia não falta uma ou outra contestação e iniciativas de tom censório. Entre as vozes que se levantaram contra a atitude dos 67 cérebros signatários, alguém afirmou, com humor, que a Universidade La Sapienza possa ser tranquilamente rebaptizada como Universidade da Ignorância.