O advogado sudanês Salih Osman, Prémio Sakharov 2007 criticou a exclusão da questão do Darfur da agenda da cimeira Eunião Europeia que decorre este fim-de-semana, (8 e 9 de Dezembro) em Lisboa
O advogado sudanês Salih Osman, Prémio Sakharov 2007 criticou a exclusão da questão do Darfur da agenda da cimeira Eunião Europeia que decorre este fim-de-semana, (8 e 9 de Dezembro) em Lisboa Não é um pedido, é um direito exigirmos a ajuda dos europeus , declarou, frisando que a chave para a liberdade é a justiça . Salih Osman defendeu que Portugal tem responsabilidades por ter permitido que o conflito sudanês ficasse de fora dos trabalhos da cimeira.
O direito de uma ingerência militar [da comunidade internacional] por razões humanitárias é a única maneira de parar os crimes de guerra e contra a humanidade que estão a ser perpetrados , referiu o Prémio Sakharov 2007 do Parlamento Europeu, que lhe será entregue no próximo dia 11, em Estrasburgo.
Salih Osman lamentou ainda que, por falta de meios, a Operação Híbrida das Nações Unidas (ONU) e da União africana (Ua) no Darfur (UNaMID) só possa contar com 6. 500 efectivos, a partir de Janeiro de 2008. a força de paz conjunta conta teoricamente com 26. 000 efectivos (20. 000 militares e 6. 000 polícias), maioritariamente de países africanos.
Em declarações à Lusa, Salih Osman foi peremptório: Culpo directamente a China – a explorar campos petrolíferos a sul de Darfur, onde tem estacionado o seu exército para zelar pela segurança – por fazer caso omisso dos gravíssimos atropelos diários aos direitos humanos: além de bombardeamentos aéreos, execuções extra-judiciais, tortura, violações e deslocações forçadas levadas ao cabo pelo governo do Sudão .
Culpas que reparte também pelos países africanos, nossos irmãos, que continuam de boas relações com Cartum e, ainda, os países islâmicos, que se empenham em negar as atrocidades denunciadas em todo o mundo , apontando o dedo aos cristãos e ocidentais .