a Comissão Nacional de Eleições marcou 27 de Dezembro para as eleições presidenciais e legislativas no país
a Comissão Nacional de Eleições marcou 27 de Dezembro para as eleições presidenciais e legislativas no paísExactamente cinco anos depois das eleições de 27 de Dezembro de 2002, os quenianos vão de novo às urnas. Em 2002 eram grandes as esperanças. Terminava o longo reinado de Daniel arap Moi e a nação ansiava pela mudança.
Desta vez os rostos estão mais sombrios. Embora haja razões de fundo para desejar uma mudança, há poucas probabilidades que a mudança traga melhores dias. Os três pretendentes à presidência em pouco diferem entre si, excepto quanto ao facto de procederem de diferentes zonas do país: centro, sul e oeste.
Mwai Kibaki, o presidente em exercício, com 40 por cento das intenções de voto, representa a tradição e a continuidade. Raila Odinga, aventureiro, antigo prisioneiro político, com os 50 por cento das intenções de voto, representa a alternativa, mas também a incerteza. Kalonzo Musyoka, jovem e activo, é o grande mistério.com cerca de 10 por cento das intenções de voto, pode bem vir a ser o fiel da balança. Quem o tiver como aliado tem grandes probabilidades de vir a ser eleito.
Para já a luta é entre pessoas, mais do que entre programas ou projectos. Entrou agora timidamente no debate a questão da regionalização que Raila apoia e a que Kibaki se opõe. Será um tema quente da campanha até porque regionalização pode querer dizer tribalização. Os próximos tempos dirão para onde é que o pêndulo pende.