Nove franceses de uma organização não-governamental estão detidos em abéché, no leste do Chade por alegadamente tentarem “raptar” mais de cem crianças para as levar para França
Nove franceses de uma organização não-governamental estão detidos em abéché, no leste do Chade por alegadamente tentarem “raptar” mais de cem crianças para as levar para FrançaOs adultos são três jornalistas e seis dirigentes do Salvação das crianças, adiantam fontes diplomáticas revelaram fontes diplomáticas francesas. as crianças, na sua maioria entre os 3 e os 8 anos, a maioria tenha entre quatro e cinco anos, são originárias do Sudão e deveriam chegar a Paris.
as autoridades do Chade apontam para tráfico de crianças . a organização não-governamental é referida como tendo laços com a associação arco de Zoe, cujo sítio na internet apela à evacuação de dez mil órfãos do Darfur.
Os responsáveis chadianos apontam ainda para o apoio da UNICEF, pela Cruz Vermelha Internacional e pela agência das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR) para estas saídas. as crianças foram interceptadas na fronteira do Chade.
a arco de Zoe alega que se tratou de uma evacuação por razões de saúde mas uma rádio chadiana afirma que estas crianças não são de forma nenhuma doentes e que os organizadores da evacuação lhes colocaram ligaduras na cabeça e nos pés para dar a impressão que se trata de crianças doentes .
Denunciamos cas condições nas quais esta operação parece ter sido organizada , afirmou o Ministério de Relações Exteriores da França.
Em comunicado, este departamento lembrou que o Chade e o Sudão, de onde estas crianças poderiam ser provenientes , são Estados soberanos que não autorizam a adoção. Hoje é absolutamente impossível para uma família francesa lançar um procedimento de adopção de uma criança chadiana ou sudanesa .
Fonte diplomática francesa disse que cerca de trezentas famílias, principalmente francesas, pagaram entre 2. 800 e 6. 000 euros para receberem uma criança. a secretária de Estado francesa dos Negócios Estrangeiros e dos Direitos do Homem, Rama Yade, considerou a operação como ilegal e irresponsável. E adiantou que os responsáveis da organização vão prestar contas.
Um porta-voz da aCNUR já visitou as crianças e adianta que as crianças tiveram medo, estão muito chocadas mas aparentam boa saúde. Precisam de de água, leite, alimentação. Delphine Philibert, uma mãe de família que se ofereceu para acolher uma criança adiantou que não se trata de tráfico de crianças. O objectivo desta operaçãop era salvar crianças da morte.