Desnutrição e dificuldades em encontrar géneros alimentares agravam as condições de vida entre a população somali. Dados das Nações Unidas revelam uma situação dramática
Desnutrição e dificuldades em encontrar géneros alimentares agravam as condições de vida entre a população somali. Dados das Nações Unidas revelam uma situação dramática a insegurança, os conflitos e a violência que assolam Mogadíscio, capital da Somália, e o centro-sul do país dificultam a distribuição da ajuda alimentar. O mercado de Bakara, centro comercial vital para a capital, funciona em condições precárias ou não e nem sempre.
O Programa alimentar Mundial debate-se com a impossibilidade de prestar uma ajuda regular e está à procura de alternativas. Estuda a possibilidade de distribuir a ajuda através das mesquitas ou, em alternativa, criar centros de distribuição de alimentos pré-preparados.
O relatório do organismo das Nações Unidas, OCHa, sublinha as difíceis condições de vida das crianças. Há indicações que apontam, na região meridional do Shabelle, para cerca de 25 por cento das crianças com menos de cinco anos a sofrerem de desnutrição aguda. Índices menos elevados, mas nem por isso menos alarmantes, afectam as crianças dos campos de refugiados: 16 por cento das crianças em Burao e Berbera.
Duram há meses, na Somália, os confrontos entre rebeldes e forças fiéis ao governo de transição apoiado pela Etiópia. Um balanço de uma associação local de direitos humanos refere que as violências, só em Setembro, causaram 129 mortos civis, 217 feridos, além da fuga de 24 mil pessoas.