a ordenação de Joseph Li Shan, a 21 de Setembro, marca uma viragem nas relações da Santa Sé com o governo chinês. O novo bispo é considerado um homem de fé e um verdadeiro pastor
a ordenação de Joseph Li Shan, a 21 de Setembro, marca uma viragem nas relações da Santa Sé com o governo chinês. O novo bispo é considerado um homem de fé e um verdadeiro pastorMembro da associação Patriótica dos católicos chineses – a Igreja oficial – o novo bispo de Pequim, Joseph Li Shan, de 42 anos, fora eleito a 16 de Julho por um colégio de padres e leigos da diocese. O novo bispo sucede a Michael Fu Tieshan, falecido em abril.
a eleição não foi legal. Só ao Papa compete o direito de nomear os bispos da Igreja católica. Mas o Osservatore Romano, órgão oficial da Santa Sé, informou que Bento XVI concedera a comunhão ao novo bispo de Pequim e a Xiao Zejiang, ordenado bispo coadjutor de Guiyang, a 8 de Setembro.
Trata-se de um gesto de boa vontade, diz-se em Roma, para com a atitude da associação Patriótica, uma parte da Igreja chinesa. Esta conta 12 milhões de fiéis, entre cristãos clandestinos e oficiais. a aceitação dos dois novos bispos pelo Papa representa o esforço de Roma em continuar as negociações para restabelecer as relações diplomáticas, interrompidas desde 1951.
Em 2006 foram nomeados três bispos, impostos pelo regime sem a consulta a Roma. a carta de Bento XVI, de Junho de 2007, foi considerada uma reacção a esta provocação. Pequim exige que o Vaticano rompa as relações diplomáticas com Taiwan. Mas a questão da nomeação dos bispos permanece uma questão insolúvel, uma vez que Pequim exige a não interferência nos assuntos internos da Igreja chinesa. O regime pretende continuar a controlar a escolha dos seus quadros.