ONU pede aos países ricos maior empenho na redução de emissões de gases
ONU pede aos países ricos maior empenho na redução de emissões de gasesas Nações Unidas pediram aos países mais desenvolvidos que tomem medidas mais ambiciosas no corte de emissões de gases que aumentam o efeito estufa e um aumento da cooperação com os países em desenvolvimento.
Uma pedra angular do Protocolo de Quioto é que os países desenvolvidos assumam a liderança na redução de emissões porque são os que, fundamentalmente, causam o problema, salientou Yvo de Boer, secretário-geral da Convenção das Nações Unidas para as alterações Climáticas (UNFCCC, em inglês).
Este diálogo vai dar uma indicação sobre a direcção em que nos devemos movimentar para dar uma resposta a longo prazo sobre as mudanças climáticas, disse De Boer. O responsável lembrou que a meta estabelecida pela União Europeia para que 20 por cento do consumo energético de 2020 seja de fontes renováveis.
De Boer defende ainda que é necessária uma cooperação maior entre os países ricos e pobres para ajudar estes últimos a potenciar o uso de energias limpas a longo prazo por meio de incentivos económicos. Penso que os mecanismos de mercado e a cooperação internacional oferecem uma excelente oportunidade para reduzir as emissões para um custo aceitável e fazer com que outros países possam adoptar o caminho do desenvolvimento sustentável, disse.
O prazo limite para facilitar a aplicação do acordo é 2009. até agora, o Protocolo de Quioto, ratificado por 166 países, fixou como meta que 35 países industrializados reduzissem as emissões de gases poluidores até 5 por cento abaixo dos níveis de 1990, algo que por enquanto está longe de ser cumprido.
Entre os países industrializados, os EU a (maiores consumidor de energia do mundo) e a austrália não aplicam o acordo. Países em desenvolvimento com elevadas taxas de crescimento como a Índia e a China também não são obrigados a cumpri-lo. No entanto, a Índia propôs-se obter 25 por cento da sua energia por fontes renováveis em 2030 e a China melhorará a respectiva eficiência energética em 20 por cento nos próximos anos.