Desde 2004, a polícia chinesa deteve um bispo católico, de 73 anos, pela 11º vez. Desconhecem-se os motivos da detenção, depois de cinco dias de apertada vigilância e o local onde o prelado está preso
Desde 2004, a polícia chinesa deteve um bispo católico, de 73 anos, pela 11º vez. Desconhecem-se os motivos da detenção, depois de cinco dias de apertada vigilância e o local onde o prelado está preso a polícia chinesa, em colaboração com funcionários do departamento religioso, prenderam Jia Zhiguo, bispo de Zhengding, na província de Hebei, na manhã de terça-feira, 21 de agosto, informa a Fundação Cardeal Kung, com sede nos Estados Unidos. O bispo Jia já cumpriu um total de 20 anos de prisão.
a sua anterior detenção foi há dois meses, dias antes do Papa Bento XVI enviar uma carta aberta aos dez mil chineses da Igreja subterrânea. Estes fiéis vivem o catolicismo de forma clandestina, participando nas celebrações em casas particulares. as autoridades religiosas chinesas avisaram o bispo para não manifestar qualquer apoio público à carta do Papa.
afirmando a sua discordância à nomeação dos bispos pela Igreja Católica Patriótica, Bento XVI confirmou que uma Igreja independente de Roma é incompatível com a doutrina católica . avisou ainda que a clandestinidade não está contemplada na normalidade da vida da Igreja e que só se recorre a ela quando há necessidade de manter a fé .
a Igreja Católica Patriótica, subordinada ao Estado tal como as outras quatro religiões permitidas na China, recusa reconhecer a autoridade da Santa Sé. Os católicos que permanecem fiéis ao Papa, continuam a ser perseguidos.
O Vaticano manifestou, repetidas vezes, vontade em restabelecer laços diplomáticos com a China. Porém não aceita a nomeação dos bispos pela Igreja Católica Patriótica, subordinada ao governo chinês. O processo de nomeação dos bispos na China é o maior entrave à melhoria das relações entre Pequim e a Santa Sé. a falta de relações diplomáticas bilaterais mantém a separação entre as duas Igrejas católicas existentes na China.