Os empresários e gestores católicos devem enfrentar os desafios que o mercado lhes coloca, mas “sem esquecer os outros”, afirma o bispo do Porto
Os empresários e gestores católicos devem enfrentar os desafios que o mercado lhes coloca, mas “sem esquecer os outros”, afirma o bispo do PortoEm entrevista ao programa Diga Lá, Excelência, da Renascença e do jornal Público, Manuel Clemente refere que o trabalhador deve ser cada vez mais protegido, tendo em conta a actual instabilidade do mercado de trabalho.
ao longo de 50 minutos, o prelado aborda a nova lei do aborto, em vigor a partir de hoje, 15 de Julho, e reafirma que, além da despenalização da mulher, está em causa o valor da vida. Deixa uma palavra de solidariedade para com os profissionais de saúde objectores de consciência.
Sobre a aplicação da nova Concordata, documento assinado em 2004, dá ideia que em várias instâncias do Estado português, do governo e da administração se partia do princípio que o que vigorava até 2004 já não estava em vigor e que então se aplicaria a uma série de áreas, como por exemplo o provimento das capelanias hospitalares ou a nomeação dos professores de religião católica, uma lei genérica que não sabemos bem quais são os seus contornos, talvez quanto às declarações gerais da lei de liberdade religiosa, mas não segundo o que estava previsto na Concordata anterior. Não é isto que a Concordata de 2004 diz em relação à Igreja católica e à sua presença nessas instâncias, refere.
Em relação à polémica em torno da nova lei da comunicação social, Manuel Clemente compreende que haja da parte do governo a necessidade de garantir liberdade na comunicação social, que não hajam monopólios, que não haja uma excessiva concentração que possa pôr em perigo esses tais princípios que são até constitucionais.
a entrevista de jornalistas Graça Franco, da Rádio Renascença, e José Manuel Fernandes, do jornal Público é transmitida na RTP2, às 19h30. Pode lê-la amanhã, 16 de Julho, no diário. Se preferir ouça-a no site da RR.