Gordon Brown, primeiro-ministro britânico, reafirma dificuldades diplomáticas para a realização da cimeira da União Europeia com África, após encontros com José Sócrates
Gordon Brown, primeiro-ministro britânico, reafirma dificuldades diplomáticas para a realização da cimeira da União Europeia com África, após encontros com José SócratesDepois de uma hora de reunião com o seu homólogo português, o primeiro-ministro britânico reconheceu que ainda existem dificuldades diplomáticas para ultrapassar. a participação do Zimbabué na cimeira é o pomo da discórdia e não foi encontrada uma solução para a presença de Robert Mugabe. Estamos à procura de uma solução diplomática, devido às dificuldades que temos, esclareceu Gordon Brown.
Segundo refere a agência Lusa, José Sócrates lembrou que a Europa precisa de manter um diálogo aberto com África. Temos vários problemas diplomáticos que precisam de ser ultrapassados, acrescentando que a presidência portuguesa da União Europeia (EU) está a fazer todos os possíveis para encontrar uma solução.
Para José Sócrates a Europa pagou um preço elevado devido à ausência de diálogo com o continente africano. a Europa perdeu com isso e aprendeu a saber distinguir o que é uma relação bilateral entre UE e Zimbabué e o que é uma relação europeia com o conjunto dos países do continente africano , sustentou recentemente o primeiro-ministro português.
Os dois governantes deram uma conferência de imprensa, após o encontro que manteviram hoje, 9 de Julho, em Londres. Nele foram abordadas questões relacionadas com a presidência portuguesa da UE.
a cimeira UE/África esteve prevista para 2003. Não se realizou devido aos problemas diplomáticos entre Londres e Harare. Em causa etiveram as políticas do presidente Robert Mugabe de nacionalização das propriedades dos fazendeiros brancos no país. a cimeira UE/África, uma das bandeiras da presidência portuguesa neste semestre, está agora marcada para 8 e 9 de Dezembro, em Lisboa.
Recorde-se que a constante violação dos direitos humanos no Zimbabué, levou a União europeia a adoptar sanções contra Harare e os seus dirigentes que estão impedidos de se deslocar à Europa. O país atravessa há seis anos uma grave crise económica com uma inflação insustentável.