José Ribeiro e Castro, eurodeputado português, de visita ao Darfur, apelou à “coesão” da comunidade internacional face à crise que se vive no Oeste do Sudão
José Ribeiro e Castro, eurodeputado português, de visita ao Darfur, apelou à “coesão” da comunidade internacional face à crise que se vive no Oeste do SudãoEm declarações à agência Lusa a partir de Cartum, Ribeiro e Castro instou a União Europeia (EU) a falar a uma só voz e a actuar na mesma direcção. a coesão é indispensável, para que o esforço e investimento elevadíssimos da comunidade internacional em Darfur tenham os efeitos desejados, conduzindo à paz e bem-estar das populações locais.
O eurodeputado português concluiu hoje, 5 de Julho, uma visita de cinco dias ao Darfur, integrando uma missão do Parlamento Europeu. a EU gastou até agora na ordem de mil milhões de euros para Darfur.
a situação no terreno permanece grave e até piorou nalguns casos, embora já não haja combates e massacres em Darfur. O conflito eclodiu em 2003, com um saldo de 200. 000 mortos e mais de dois milhões de deslocados e refugiados, segundo números das Nações Unidas.
as forças da Missão da União africana em Darfur (aMIS), com mandato até ao fim do ano para garantir a estabilidade, revelam-se insuficientes. Neste cenário, Ribeiro e Castro acentuou que o calendário do mandato da aMIS suscita cepticismo aos actores locais, organizações humanitárias e observadores. Torna-se necessário que a força mista Ua/ONU – com 17. 000 a 19. 000 efectivos, a destacar em Janeiro de 2008 – esteja no terreno o antes possível.
Depois de muita resistência, a 14 de Junho, o presidente sudanês El-Beshir acabou por dar luz verde à entrada no país da força mista no Sudão. Será essa força que deverá concluir o processo de paz, sublinhou Ribeiro e Castro, indicando que a sessão plenária do Parlamento Europu, entre os próximos dias 09 e 12 em Estrasburgo (França) – onde será apresentado o relatório da missão – vincará o imperativo do desmantelamento das milícias pelo governo sudanês, da protecção dos civis, da garantia do trabalho humanitário e do regresso dos refugiados.