Com uma taxa de pobreza a subir para os 60,3 por cento, a desigualdade na repartição dos rendimentos tem vindo a agravar-se entre os angolanos
Com uma taxa de pobreza a subir para os 60,3 por cento, a desigualdade na repartição dos rendimentos tem vindo a agravar-se entre os angolanosOs dados constam no relatório do Centro de Estudos e Investigação da Universidade Católica de angola. Segundo o economista angolano Alves da Rocha, que coordenou o estudo, a desigualdade na repartição de rendimentos tem vindo a agravar-se, refere a agência Lusa.
O economista apresentou outro problema: a desigualdade territorial , em termos de crescimento económico das regiões do interior do país. Alves da Rocha considerou a crescente valorização da moeda nacional (o kuanza) discutível e controversa , que levou a uma redução da taxa de inflação de 200 por cento em 2002, para 12,2 em 2006.
De acordo com o investigador a imagem externa de angola melhorou significativamente , mas não se reflectiu na redução da pobreza, apesar de ter havido em termos reais taxas de crescimento económico significativas.
O relatório de 135 páginas destaca ainda a questão do desemprego em angola. a taxa situa-se em 27,1 por cento da população activa do país. O documento refere-se também à presença da China em África, com destaque para angola, feita através da exportação de matérias-primas africanas para a máquina de crescimento económico da China e de produtos acabados chineses para África.
O documento avança projecções sobre o futuro. Em 2010 o Produto Interno Bruto (PIB) angolano poderá atingir 60 mil milhões de euros. Por seu lado, o ministro angolano das Finanças, José Pedro de Morais, ao intervir na mesma cerimónia, deteve-se nos feitos da economia angolana. Frisou em particular a forte redução da inflação e a melhoria das contas fiscais, monetárias e cambiais.