Bento XVI reafirma o inestimável valor do sofrimento e das perseguições padecidas por causa do Evangelho, pelos católicos chineses
Bento XVI reafirma o inestimável valor do sofrimento e das perseguições padecidas por causa do Evangelho, pelos católicos chinesesBento XVI criticou as políticas restritivas da China, que sufocam a Igreja e dividirem os fiéis entre o ateísmo oficial e um catolicismo clandestino . apontando os sinais de abertura, é verdade que, nos últimos anos, a Igreja tem gozado de uma maior liberdade religiosa , o Sumo pontífice referiu-se ainda à existência de sérias limitações que sufocam a actividade pastoral .
Na Carta aos bispos, presbíteros, pessoas consagradas e fiéis leigos da Igreja católica na República Popular da China, o Papa apela à unidade e reconciliação. Ciente de que a plena reconciliação não poderá acontecer de um dia para o outro, o Pontífice lembra que este caminho é sustentado pelo exemplo e pela oração de tantas testemunhas da fé que sofreram e perdoaram, oferecendo as suas vidas pelo futuro da Igreja católica na China.
Recorde-se que as relações diplomáticas entre o Vaticano a China estão cortadas desde 1951, porque o governo chinês proíbe a nomeação de bispos pelo Vaticano, possuindo uma igreja estatal patriótica. O corte de relações deveu-se também ao facto da Santa Sé adiantar que reconheceria a independência de Taiwan.
Sem pretender tratar detalhadamente dos complexos problemas por vós bem conhecidos, escreve o Santo padre que, com esta Carta quero oferecer-vos algumas orientações relacionadas com a vida da Igreja e com a obra de evangelização na China, para vos ajudar a descobrir o que é que Jesus Cristo, Senhor e Mestre, quer de vós.
Na China, como aliás no resto do mundo, a Igreja é chamada a ser testemunha de Cristo, a olhar em frente com esperança e a confrontar-se – no anúncio do Evangelho – com os novos desafios que o povo chinês deve enfrentar. Também aí, o anúncio de Cristo crucificado e ressuscitado será possível na medida em que com fidelidade ao Evangelho, na comunhão com o Sucessor de Pedro e com a Igreja universal, souberdes concretizar sinais do amor e de unidade.
as novas circunstâncias da situação geral da Igreja na China e as maiores possibilidades de comunicação já permitem aos católicos seguir as normas canónicas gerais e, se necessário, recorrer à Sé apostólica.