Lugar, progressão, surpresa. São estes os três conceitos-chave que devem nortear o trabalho da Pastoral da Cultura face aos desafios de hoje
Lugar, progressão, surpresa. São estes os três conceitos-chave que devem nortear o trabalho da Pastoral da Cultura face aos desafios de hojeNa síntese final dos trabalhos Para uma pastoral da Cultura: prioridades e práticas, o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais (CECBCCS) defendeu que o desafio é: Que se crie um lugar, que seja uma progressão e que proporcione surpresa.
Ou seja, a Pastoral da Cultura deve criar um lugar onde a prostração seja levantada por um outro tipo de vivência e de convivência. Um local onde haja uma verdadeira experiência de elevação e de serviço, afirmou Manuel Clemente.
O culto cristão, assinalou o também bispo do Porto é essencialmente comunitário e, como tal, uma das primeiras tarefas é a do acolhimento e sociabilidade. Nesta actuação é preciso não esquecer a tradição evangélica, em particular o serviço ao outro.
Como é que, desde o primeiro contacto, aqueles que se abeiram de nós e nós, evoluímos?, a pergunta serve para lançar o mote ao trabalho que a progressão pressupõe. Há um caminho que vai sendo feito e evoluindo, segundo Manuel Clemente. Para este avanço devem ser considerados os vários aspectos, como actividades (por ex: ICNE – Congresso Internacional para a Nova Evangelização) que não são meramente episódicas mas que levam à progressão.
O acontecimento Jesus foi uma surpresa e dois mil anos depois, os cristãos vivem esta surpresa rumo ao futuro. São os actos de surpresa que renovam, defendeu o presidente da CECBCCS.
São afinal os momentos de surpresa que alimentam depois uma caminhada que comprova a autenticidade desta surpresa. Na prática, esta progressão no caminho pascal que vai sendo feita por cada um é motivada por estes momentos de surpresa. E aqui, temos que ser criativos, sem cair no fogo de artifício, do pechisbeque, assinalou o prelado referindo que depois da ofuscação a progressão leva à entrega e ao serviço. Participaram nos trabalhos 34 pessoas representantes das dioceses, congregações e ordens religiosas, movimentos e outras estruturas eclesiais.