Em 1977, em Chicago, uma assembleia de teólogos questionava a necessidade de uma nova reunião conciliar. “Um horizonte a atingir”
Em 1977, em Chicago, uma assembleia de teólogos questionava a necessidade de uma nova reunião conciliar. “Um horizonte a atingir”Um movimento pró-conciliar com forte implantação na américa Latina comemora estes dias a realização da assembleia de teólogos que, já há 30 anos, reivindicava um novo Concílio. Em direcção ao Vaticano III: o que está por fazer na Igreja teve lugar de 30 de Maio a 1 de Junho de 1977, passavam 12 anos sobre o encerramento dos trabalhos do Vaticano II, numa organização da revista Concilium na Universidade Notre Dame, Chicago, Estados Unidos.
Nessa assembleia de teólogos, três perguntas atravessaram os trabalhos. Qual a verdadeira situação da Igreja hoje?, Que se fez e o que está por fazer depois do Vaticano II? e Será necessário e até imprescindível um novo Concílio?, que colocadas não implicavam necessariamente a convocação de uma nova reunião conciliar.
Relembra o movimento Proconcil que estes teólogos não pensavam (e possivelmente tão pouco o desejavam) que a curto prazo se fosse convocar um novo Concílio. O que preocupava os teólogos em Chicago era a utilidade de falar de um Vaticano III considerando-o como um horizonte a atingir, como um dos instrumentos necessários para continuar a transformar a Igreja, e como projecto estruturante, a nível internacional, das propostas de mudança eclesial.
Um ano mais tarde, a revista Concílio publicou um número especial (138-Bis, de 1978) em que recolhia as propostas e trabalhos apresentados e debatidos naquela assembleia. Trinta anos depois, o movimento Proconcil comemora a assembleia de Chicago para recordar que, ao revisitar muito do que se disse então, se constata que muitas daqueles contributos não perderam actualidade.
Propostas no campo da eclesialidade e da moral são alguns dos temas que este movimento gostava de ver traduzidos numa nova assembleia conciliar.