Depois de três anos de trabalho no Quénia, encontro-me agora a saborear o reencontro com as pessoas e o ar puro da terra que me criou
Depois de três anos de trabalho no Quénia, encontro-me agora a saborear o reencontro com as pessoas e o ar puro da terra que me criouÉ próprio do missionário sentir-se em casa onde quer que esteja. Sinto-me bem no Quénia, onde já passei quase vinte anos. No entanto, os três meses de férias que agora estou a gozar não deixam de ser uma bênção especial e razão para um renovado entusiasmo.
Por mais que o Quénia seja a minha terra de adopção, em Portugal continua a haver pessoas, lugares e situações cuja proximidade me fala ao coração. a 13 de Maio pude estar em Fátima, lugar e ambiente únicos e inesquecíveis. Fui depois à Fundada, terra onde nasci e fui baptizado, onde se encontram sepultados os meus pais. Encontrei pessoas que me escrevem para o Quénia, que me enviam intenções de Missas e outras ajudas em apoio da minha acção missionária.
Para além de tudo isto, aqui em Portugal sinto-me muito livre e seguro. a minha missão no Quénia é exercida especialmente em Nairobi, cidade de muitas inseguranças, perigos e incertezas. É com verdadeiro gozo que saboreio o facto de aqui poder sair à rua de dia ou de noite sem ter de esconder o telemóvel ou outros objectos de uso pessoal.
Pode ser que também em Portugal os perigos sejam muitos. Mas aqui eu sinto-me fora de perigo. É um sentimento agradável que me ajuda a reconhecer que de facto vale a pena vir de férias, não obstante as despesas de viagem e o abandono de actividades e compromissos que é pena deixar em suspenso. Uma saudação amiga,