“as mulheres são livres, quem quer usa o véu e quem não quer não usa. Essa questão nunca se colocou. as mulheres argelinas que usam o véu em Portugal nunca se sentiram descriminadas”
“as mulheres são livres, quem quer usa o véu e quem não quer não usa. Essa questão nunca se colocou. as mulheres argelinas que usam o véu em Portugal nunca se sentiram descriminadas” a comunidade argelina é reduzida, com cerca de 300 cidadãos e menos ainda inscritos nos registos eleitorais. a maioria, são imigrantes de primeira geração e trabalhadores escolarizados. Ontem 17 de Maio, foi o último dia em que os argelinos residentes em Portugal puderam votar para as legislativas do seu país de origem.
É uma pequena comunidade, ao contrário de Espanha ou França, mas está bem integrada na sociedade portuguesa, não se registando problemas com as autoridades, , afirma o embaixador da argélia em Lisboa.
Salim Benali, 54 anos, foi um dos argelinos que hoje se deslocou à embaixada em Lisboa, para votar nas eleições legislativas. Casado com uma mulher portuguesa, há 20 anos que está em Portugal e é tradutor de árabe, francês e português.
a adaptação em Portugal é fácil, não sentimos qualquer discriminação. Os nossos filhos, por exemplo, frequentam escolas oficiais ou o Liceu Francês em Lisboa e as mulheres que optam por usar véu não sentem qualquer obstáculo, contou à Lusa.
a barreira inicial da língua e as saudades da família e das raízes são as principais dificuldades sentidas. O facto da comunidade argelina em Portugal estar distribuída por todo o país, dificulta a criação de uma associação, adianta.