Medo continua a afastar outras pessoas deslocadas que viviam em bairros onde os militares mantêm uma forte presença militar
Medo continua a afastar outras pessoas deslocadas que viviam em bairros onde os militares mantêm uma forte presença militarMogadíscio começa a receber a população que, desde Fevereiro, tinha abandonado a capital da Somália, para escapar aos violentos confrontos entre facções rivais. Mas o medo continua a afastar outras pessoas deslocadas que viviam em bairros onde os militares mantêm uma forte presença militar.
Famílias relutantes no regresso ainda são muitas, nas zonas que mais afectadas foram pelos intensos combates, os piores em 16 anos. Segundo o alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR), pela voz do seu representante, William Spindler, a presença de soldados do Governo Federal de Transição e os seus aliados etíopes tem afastado a vontade de regresso de quem ali vivia.
Os civis têm medo de terem de voltar a fugir, e podem voltar a ser apanhados no fogo cruzado se os combates recomeçarem , afirmou Spindler. a nossa equipa relatou que, apesar de os confrontos terem cessado em Mogadíscio, a situação continua muito tensa .
Muitos dos 250 mil somalianos que se estima tenham fugido das suas casas, desde o colapso das estruturas governativas do país em 1991, continuam impossibilitados de regressar a casa, porque as mesmas foram destruídas pela artilharia, ou porque o acesso aos locais de habitação é impossível, pela grande insegurança.