O presidente Mwai Kibaki acaba de lançar um projecto que prevê até 2020 a eliminação das favelas no país e a construção de habitações de renda controlada
O presidente Mwai Kibaki acaba de lançar um projecto que prevê até 2020 a eliminação das favelas no país e a construção de habitações de renda controladaOitocentos e oitenta e cinco mil milhões de xelins, o que corresponde a uns doze mil milhões de dólares, é o montante do investimento que o governo do Quénia se propõe fazer nos próximos treze anos para assim eliminar as favelas nas zonas urbanas do país, duzentas das quais na cidade de Nairobi.
a favela de Kibera com os seus mais de 800 mil habitantes tem a duvidosa honra de ser a maior favela da África, mas no Quénia as pessoas que vivem em aglomerados de barracas sem luz, água ou esgotos são presentemente 5,4 milhões ou seja um sexto da população do país. Se só considerarmos Nairobi verificamos que 60 por cento dos seus habitantes vivem em favelas que ocupam apenas 5 por cento da área urbana.
O programa de erradicação das favelas foi lançado na presença de anna Tibaijuka a presidente da agência Habitat das Nações Unidas e dependerá em muito do apoio que governos e agências internacionais lhe proporcionem.
Presentemente o governo do Quénia investe apenas quinhentos milhões de xelins por ano na eliminação das barracas. a este ritmo seriam necessários quase 2. 000 anos para atingir os resultados que este programa se propõe obter em 13 anos.
O plano é ousado e até mesmo utópico, mas pelo menos há que louvar a ousadia. Quando o pobre deixa de sonhar com um futuro digno para si e para os seus então a vida deixa também de ter sentido.
No Quénia há anos tinha-se perdido a capacidade de sonhar. agora pelo menos brilha a luz de uma esperança que embora longínqua não deixa de ser esperança.