a Igreja Católica eliminou o limbo, local onde os mais pequenos que morriam sem receber o baptismo ficavam
a Igreja Católica eliminou o limbo, local onde os mais pequenos que morriam sem receber o baptismo ficavam a Comissão Teológica Internacional, que depende da Congregação para a Doutrina da Fé publicou um documento onde se declara convencida que existem sérias razões teológicas para crer que as crianças não baptizadas que morrem se salvarão e desfrutarão da visão de Deus.
Esta comissão estudava há vários anos o tema do limbo e entende que a posição anterior sobre esta matéria reflectia uma visão excessivamente restritiva da salvação. Em 1984, quando o actual Papa era perfeito da Congregação para a Doutrina da Fé, tinha afirmado que o limbo era só uma hipótese teológica e o que o melhor era não o ter em conta.
O documento de 41 páginas defende que a misericórdia de Deus é maior que o pecado e que quer todos os seres humanos se salvem. a graça tem prioridade sobre o pecado e a exclusão de crianças inocentes do céu não parece reflectir o amor especial de Cristo pelos mais pequenos, sublinha o texto. até agora o limbo representava um problema pastoral urgente, já que cada vez são mais as crianças nascidas de pais não católicos e que não são baptizados e também outros que não nasceram ao serem vítimas de abortos.
O texto, agora publicado em inglês e que conhecerá traduções, recorda que no século V Santo agostinho dizia que as crianças mortas sem o baptismo iam para o inferno e, a partir do século XIII, começou a falar-se do limbo. Era um lugar onde as crianças não baptizadas estariam privadas da visão de Deus mas não sofreriam, já que não o conheciam. a Comissão Teológica Internacional precisou no texto que durante séculos os papas procuraram não definir o limbo como tema doutrinal e deixaram o tema em aberto.