“Um quinto de portugueses vive no limiar da pobreza. Isso responsabiliza-nos a nós, ao estado e à sociedade civil”, afirmou o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Jorge Ortiga
“Um quinto de portugueses vive no limiar da pobreza. Isso responsabiliza-nos a nós, ao estado e à sociedade civil”, afirmou o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Jorge OrtigaNa Nota pastoral Desenvolvimento e solidariedade, por ocasião dos 40 anos da publicação da encíclica Populorum Progressio, de Paulo VI, os prelados denunciam que a pobreza atinge 21 por cento da população portuguesa, e há alguns especialistas considerarem que é possível erradicar parcialmente o fenómeno.
Porém, ainda não se encarou a sério esse problema, e os sintomas parecem apontar o sentido contrário, refere a nota da CEP. Fenómenos como a exclusão social, desemprego e emprego precário, desertificação do interior, envelhecimento da população, isolamento dos idosos, deficiências do sistema de saúde, desenraizamento dos imigrantes, entre outros mostram o caminho que ainda falta percorrer.
além disso, o consumismo, a globalização, a deslocalização de empresas, a corrupção, o tráfico de pessoas humanas, de drogas e de influências são fenómenos que contribuem para ampliar a distância entre os ricos e pobres, considera a Igreja.
Para alterar a situação actual é necessário um desenvolvimento equilibrado e integral não se pode esquecer a educação, sector que se tem vindo a degradar e que precisa urgentemente de ser reabilitado, consideram os bispos. as novas gerações precisam de ser educadas para os valores humanos, cívicos e morais, suporte básico do desenvolvimento dos indivíduos e da sociedade, defendem.