Um grupo de sem terra ocupou o Instituto Nacional de Colonização e Reforma agrária (INCRa). Juiz já decretou a saída imediata dos sem terra
Um grupo de sem terra ocupou o Instituto Nacional de Colonização e Reforma agrária (INCRa). Juiz já decretou a saída imediata dos sem terraao que tudo indica 800 famílias ocuparam 9 dos 23 andares do edifício, número que diverge do da Confederação Nacional dos Trabalhadores na agricultura (CONTaG), que fala em 700 pessoas.
Os sem-terra reivindicam a instalação de 1. 800 famílias que se encontram acampadas há mais de quatro anos na região e a atribuição de fundos para a construção das habitações de que carecem. Exigem ainda a exoneração do superintendente do INCR a no Distrito Federal, Renato Lordello.
Enquanto isso, estão suspensas as negociações entre o governo e os sem-terra. Para negociar, a direcção do INCR a exige a desocupação do prédio. Estamos abertos ao diálogo, mas o governo está desacreditado com os trabalhadores porque demora muito a atender-nos , disse Valter Melo, da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Distrito Federal.
a acção, promovida pelo MST, Confederação dos Trabalhadores na agricultura e Movimento de apoio aos Trabalhadores Rurais faz parte da Jornada de Luta pela Reforma agrária realizada no Brasil, na última semana. Trata-se de uma mobilização nacional também conhecida como abril vermelho , e acontece no mesmo dia em que a Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou um relatório. O documento refere que o número de conflitos por terra, de ocupações e de acampamentos em todo o país diminuiu 7,82 por cento no ano passado, em comparação a 2005. Já o número de mortes aumentou no mesmo período.