Há uma “precipitação tecnológica” que “pode matar a vida”, afirmou o bispo do Porto à margem das Jornadas de Teologia que decorrem até 18 de abril, na Universidade Católica Portuguesa
Há uma “precipitação tecnológica” que “pode matar a vida”, afirmou o bispo do Porto à margem das Jornadas de Teologia que decorrem até 18 de abril, na Universidade Católica PortuguesaManuel Clemente defendeu que é preciso compatibilizar o futuro da natureza humana com o progresso tecnológico. Temos uma necessidade, que é fazer essas duas realidades rimarem. a tecnologia e o seu progresso é hoje tão vertiginoso que muitas vezes o sentido daquilo que se faz perde-se, exactamente porque já está feito.
ajudar o homem a reflectir e a aprofundar sobre o que se está a fazer, no fundo sobre o sentido da vida, é o papel da Igreja. Para o bispo, se a população andar pura e simplesmente à volta da última notícia, da última novidade, pode perder a noção de sociedade como tal, isto é, do mundo solidário.
Subordinadas ao tema O Futuro da natureza humana e o progresso tecnológico, as jornadas contaram também com a presença do teólogo alemão Jurgen Moltmann. O especialista afirmou que actualmente, vive-se numa cultura de uma indiferença adulta face à vida e face à morte.
Condenou o facto de vermos os acontecimentos nos meios de comunicação social apenas do ponto de vista técnico. Ou seja, diante dos mortos de uma guerra organiza-se uma contagem dos corpos e os civis assassinados são apenas cancelados como efeitos colaterais, sustentou.