a Igreja Católica promete oposição à lei da Interrupção voluntária da gravidez, recentemente promulgada pelo presidente da República
a Igreja Católica promete oposição à lei da Interrupção voluntária da gravidez, recentemente promulgada pelo presidente da RepúblicaPara o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Jorge Ortiga, o enquadramento jurídico da lei não se limita a despenalizar o aborto, mas faz desta prática um direito, uma conduta legal e, por isso, passível da colaboração activa do Estado.
Na abertura dos trabalhos da assembleia Plenária da CEP que decorrem até quinta-feira, o prelado frisou que a consciência de todos os cristãos e das pessoas que dão primazia ao direito à vida não poderá nunca resignar-se a aceitar esta lei.
a hierarquia da Igreja promete estar vigilante ao cumprimento dos poucos limites legais à prática do aborto, entre os quais o direito à objecção de consciência por parte dos profissionais de saúde.
O arcebispo de Braga criticou que se tenham gorado as possibilidades de limitar as injustiças que a lei encerra. Em particular o facto da legislação não contemplar um sistema de aconselhamento obrigatório que, sem negar a liberdade de opção da mulher, pudesse funcionar como elemento dissuasor.
Na defesa da vida, a Igreja assume a missão de a respeitar, promover e cuidar dela permanentemente. E não será o novo contexto legal que nos enfraquecerá no prosseguimento desta luta, referiu.