O Papa Leão XIV disse aos jornalistas, no exterior da Catedral de Albano, Itália, onde presidiu à missa na manhã de domingo, 20 de julho, que o “mundo não suporta mais a guerra”. “Devemos dialogar e deixar as armas, o mundo não suporta mais a guerra. devemos rezar e ter fé em Deus e trabalhar em conjunto pela paz”, afirmou o Papa.
Questionado sobre a conversa com o primeiro-ministro de Israel, na última quinta-feira, Leão XIV disse que falaram sobre a necessidade de proteger os lugares santos, deixando “tanta violência e tanto ódio”. “Insistimos na necessidade de proteger os lugares santos de todas as religiões, trabalhar em conjunto nesse sentido, deixando tanta violência e tanto ódio”, disse o Papa.
Em conversa telefónica com Netanyahu, que telefonou a Leão XIV após o ataque militar que atingiu a única paróquia católica do enclave palestiniano, esta quinta-feira, o Papa reforçou o apelo a um cessar-fogo em Gaza.
“Durante a conversa, o Santo Padre renovou o seu apelo para que se dê um novo impulso às negociações e se chegue a um cessar-fogo e ao fim da guerra. Ele expressou novamente a sua preocupação com a dramática situação humanitária da população de Gaza, cujo preço doloroso é pago especialmente por crianças, idosos e pessoas doentes”, indicou uma nota divulgada pelo Vaticano.
Este domingo, 20, após a oração do ângelus, em Castel Gandolgo, o Papa referiu-se às “dramáticas notícias” que chegam do Médio Oriente, nomeadamente de Gaza, onde um ataque causou três vítimas mortais na paróquia católica da Sagrada Família, na última quinta-feira.
“Expresso a minha profunda tristeza pelo ataque do exército israelita contra a paróquia católica da Sagrada Família na cidade de Gaza”, afirmou o Papa, rezando pelas três vítimas mortais – Saad Issa Kostandi Salameh, Foumia Issa Latif Ayyad, Najwa Ibrahim Latif Abu Daoud – e expressando a sua proximidade aos “seus familiares e a todos os paroquianos”.
Leão XIV lembrou que o ataque israelita “junta-se a contínuos ataques militares contra a população civil e os lugares de culto, em Gaza”. “Peço que se ponha imediatamente termo à barbárie da guerra e que se encontre uma solução pacífica para o conflito”.
Leão XIV deixou um apelo à comunidade internacional para que “observe o direito humanitário e respeite a obrigação de proteger os civis”, assim como a “proibição de punição coletiva”, o “uso indiscriminado da força” e as “deslocações forçadas da população”.
À comunidade internacional, dirijo o apelo para que se observe o direito humanitário e se respeite a obrigação de proteger os civis, bem como a proibição da punição coletiva, do uso indiscriminado da força e das deslocações forçadas da população.
“Aos nossos queridos cristãos do Médio Oriente, digo: estou próximo do vosso sentimento de poder fazer pouco diante da situação tão dramática. Estais no coração do Papa e de toda a Igreja. Obrigado pelo vosso testemunho de fé. Que a Virgem Maria, mulher do Oriente, aurora do Novo Sol que surgiu na história, vos proteja sempre e acompanhe o mundo rumo ao amanhecer da paz”, concluiu o Papa.
O Papa presidiu à oração do ângelus na Praça da Liberdade, em frente à residência pontifícia de Castel Gandolfo, onde Leão XIV se encontro desde o dia 6 de julho, anunciando hoje que vai regressar aos Vaticano “dentro de poucos dias”.
“Dentro de poucos dias, depois destas duas semanas passadas aqui em Castel Gandolfo, regressarei ao Vaticano. Quero agradecer o acolhimento e desejar a todos um bom domingo”, concluiu o Papa.
Leão XIV falou aos jornalistas que se encontravam em Albano, onde o Papa presidiu à missa no domingo, no percurso que fazia no exterior da catedral, saudando os presentes.
Texto: 7M/Agência Ecclesia








