Os governos africanos têm de ser mais activos nos seus esforços para diminuir o impacto dos efeitos das mudanças climáticas no continente
Os governos africanos têm de ser mais activos nos seus esforços para diminuir o impacto dos efeitos das mudanças climáticas no continenteOs governos africanos não estão a fazer o suficiente, afirmou o responsável pelo capítulo relativo a África que consta do relatório do Grupo Inter-Governamental para as alterações Climáticas (IPCC), em Nairobi, Quénia. O especialista assinalou que actualmente todo o dinheiro investido no tema é gerado externamente, e não pelos próprios governos africanos, acrescentando que é muito perigoso depender tanto da ajuda exterior. Para alterar esta situação, os cientistas devem alertar os governos até que a mensagem seja levada a sério.
De acordo com o documento final Mudanças Climáticas 2007: Impactos, adaptação e vulnerabilidade, as secas nas zonas mais áridas e semi-áridas do continente africano poderão aumentar em oito por cento, sendo que os glaciares do monte Kilimanjaro, o pico mais alto da África, poderão desaparecer por completo até 2020.
Outras consequências apontadas para o continente africano são, de acordo com o relatório do IPCC, o alargamento das zonas onde vivem os mosquitos que transmitem a malária, uma diminuição da produtividade agrária, uma perda de corais marinhos, assim como uma ameaça para a fauna e flora africana.