Os defensores do “Não” ao aborto entregaram ao presidente da República um manifesto pedindo o veto da lei que despenaliza o aborto realizado por opção da mulher até às dez semanas
Os defensores do “Não” ao aborto entregaram ao presidente da República um manifesto pedindo o veto da lei que despenaliza o aborto realizado por opção da mulher até às dez semanasIsilda Pegado defendeu que aqueles que estão por nascer são motivo para Cavaco Silva vetar o diploma aprovado por dois terços dos deputados. Para a presidente da Federação Portuguesa pela Vida o Parlamento aprovou a nova lei ilegitimamente.
Ou seja, os partidos afirmaram nas últimas eleições que mudariam a lei consoante o resultado obtido no referendo. No entanto, como o resultado do referendo de 11 de Fevereiro não é vinculativo já que obteve 60 por cento de abstenção, a lei aprovada não tem valor referendário. Mais, a sua aprovação só tem comparação com o que se passou no tempo de Salazar com a Constituição de 1933 e que fez entrar o país na ditadura.
Fomos um milhão e 500 mil portugueses que dissemos não a esta lei. Mas se a nós juntarmos mais um por nascer por cada voto nosso, teremos seguramente mais de três milhões de portugueses, afirmou Isilda Pegado, em nome dos movimentos do Não.