O Jubileu do Mundo das Comunicações está a reunir no Vaticano cerca de nove mil jornalistas, oriundos de 138 países, incluindo Portugal. Este encontro jubilar iniciou sexta-feira, 24 de janeiro, e prolonga-se até domingo, dia 26, com a participação de um grupo de mais de 40 comunicadores portugueses. Este sábado, dia 25, foi dia de peregrinação, de momentos culturais e de encontro com o Papa.
A Aula Paulo VI foi o local onde decorreu o encontro entre os profissionais da comunicação e o Papa Francisco, que optou por deixar de parte a comunicação dedicada ao Jubileu do Mundo da Comunicação, entregando o texto, para distribuição posterior, a Paolo Ruffini, prefeito do Dicastério para a Comunicação.
Numa intervenção improvisada, o Santo Padre agradeceu o trabalho dos jornalistas. “Comunicar é sair um pouco de si próprio para dar o meu ao outro. E comunicar não é apenas sair, mas também ir ao encontro do outro. Saber comunicar é uma grande sabedoria. O vosso trabalho é um trabalho que constrói a sociedade, a Igreja, que faz avançar todos, desde que seja verdadeiro. Obrigado pelo que fazem, muito obrigado! Estou feliz”, concluiu. De seguida, o Sumo Pontífice abençoou os presentes, e cumprimentou bispos e diversas pessoas que se encontravam na audiência especial.
Na comunicação que estava preparada e que foi divulgada pela sala de imprensa da Santa Sé, o Papa pede para que a “liberdade de imprensa e a liberdade de pensamento sejam defendidas e salvaguardadas juntamente com o direito fundamental de ser informado”. O Sumo Pontífice convida também os jornalistas a apresentar “histórias de esperança, histórias que alimentam a vida”.
“Quando contarem sobre o mal, deixem espaço à possibilidade de consertar o que está rasgado, ao dinamismo do bem que pode consertar o que está quebrado. Semeiem interrogativos. Contar a esperança significa ver as migalhas do bem escondidas mesmo quando tudo parece perdido, significa permitir esperar mesmo contra toda esperança. Significa perceber os brotos que surgem quando a terra ainda está coberta de cinzas. Contar a esperança significa ter um olhar que transforma as coisas, e faz com que elas se tornem o que poderiam ser, o que deveriam ser. Significa fazer com que as coisas caminhem em direção ao seu destino. Esse é o poder das histórias. E é isso o que eu os encorajo a fazer: contar a esperança, compartilhá-la”, apela Francisco.