O vencedor da segunda volta das eleições na Mauritânia é Ould abdallahi, candidato da eis-maioria presidencial. O poder passa dos militares para os civis de forma rara e exemplar
O vencedor da segunda volta das eleições na Mauritânia é Ould abdallahi, candidato da eis-maioria presidencial. O poder passa dos militares para os civis de forma rara e exemplarO escrutínio eleitoral de Domingo, 25 de Março, deu a vitória a Ould abdallahi, com 53,5 por cento dos votos, sobre o seu adversário ahmed Ould Daddah, opositor histórico do regime deposto com um golpe de estado em agosto de 2005. Sem incidentes de maior, a eleição marca o ponto final de um processo até ao presente exemplar e raro em África: a passagem do poder dos militares para os civis. Desde a independência desta eis-colónia francesa em 1960 até hoje, os presidentes chegaram ao poder através de golpes de estado, fazendo-se eleger posteriormente em eleições marcadas por fraudes.
Os dois candidatos comprometeram-se durante a campanha eleitoral a consolidar a democracia deste pequeno e pobre país de 3,1 milhões de habitantes. Prometeram trabalhar para extinguir os vestígios da escravatura abolida no país em 1981 e fazer participar todos os cidadãos das receitas provenientes dos recursos naturais: ferro, petróleo e peixe.
ambos manifestaram o desejo de rever as relações diplomáticas com Israel, ao passo que muitos cidadãos da Mauritânia pretendem rompê-las. Entendem ambos desenvolver uma cooperação prudente com os Estados Unidos na guerra contra o terrorismo. Mas o principal desafio do novo presidente será, sem dúvida, combater a pobreza, as desigualdades sociais e económicas.