Incendiou a rua árabe com 12 controversos “cartoons” de Maomé. agora, Flemming Rose é reconhecido por “coragem e determinação”
Incendiou a rua árabe com 12 controversos “cartoons” de Maomé. agora, Flemming Rose é reconhecido por “coragem e determinação” a rua árabe incendiou-se por causa de uma decisão sua, o mundo ocidental discutiu-a à exaustão e cheia de emoção. Uns para a criticarem violentamente, outros para a defenderem. Flemming Rose, editor das páginas de cultura do jornal dinamarquês Jyllands-Posten foi premiado pela sua coragem e determinação , ao publicar nas páginas do diário nacionalista caricaturas de Maomé, que muitos muçulmanos tomaram como ofensa ao profeta e à sua religião.
a Sociedade de Imprensa Livre, uma organização dinamarquesa, atribuiu pela primeira vez o prémio Safo, que reconhecerá anualmente uma acção a favor da liberdade de imprensa. Mas esta decisão não faz esquecer a polémica. Muitos dos que criticaram a opção do jornal, apontam o dedo a uma mera provocação, eventualmente gratuita de um jornal que mantém um discurso próximo da xenofobia, que nunca teria tido por base a defesa da liberdade de imprensa. Outros rejeitam liminarmente a ideia dos jornais ocidentais serem condicionados na publicação de matéria que seja considerada ofensiva para crentes religiosos.
a Sociedade de Imprensa Livre insiste nesta visão, de acordo com a explicação de Lars Hedegaard, presidente da instituição, ao premiar um jornalista que alia a excelência no seu trabalho com a coragem e a recusa de fazer compromissos . Hedegaard explicou ainda a opção por Safo, para o nome do prémio, uma poetisa grega da antiguidade, que viveu na cidade de Mitilene, na ilha de Lesbos: o facto de ser uma mulher, europeia e homossexual (a sua poesia mostraria um amor entre ela e outras mulheres, apesar de registos biográficos indicarem-lhe um casamento), faz da poetisa o melhor símbolo para a liberdade de imprensa, quando os valores europeus estão ameaçados . Há uma vontade de exprimir este reconhecimento de uma forma não politicamente correcta, admitiu Hedeggard.
Já Flemming Rose sentiu-se reconhecido , numa curta declaração à aFP, mas recusou tecer mais comentários ao prémio.