Raparigas ajudadas a “sair de casa”. Em 2004, eram menos de 100 para mais de cinco mil rapazes
Raparigas ajudadas a “sair de casa”. Em 2004, eram menos de 100 para mais de cinco mil rapazesÉ um passo gigante para as mulheres somalianas, através de um simples torneio de voleibol. O Dia da Mulher foi celebrado em campos de refugiados com a prática de desportos, divulgaram as Nações Unidas este fim-de-semana.
Esta iniciativa-piloto percorreu um longo caminho em ajudar as raparigas a saírem de casa e dizerem Também podemos praticar desporto’, afirmou Nemia Temporal do escritório do alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR), no campo de Dadaab, situado num pequeno recanto do Quénia.
Quando o programa foi lançado em Julho de 2004, com o patrocínio de uma multinacional de material desportivo, o aCNUR conseguiu que menos de 100 raparigas se juntassem a praticar desporto, comparando com os mais de cinco mil rapazes do complexo de três campos de acolhimento de refugiados, que acolhia cerca de 170 mil somalianos.
Em 2004, nenhuma das raparigas era da comunidade muçulmana (que perfaz uns 98 por cento dos habitantes dos campos). Mas hoje mais de 270 raparigas pratica desporto regularmente nos campos empoeirados – a maioria, voleibol, mas também badminton, andebol, netball e futebol.