Menos de 30 por cento dos que se dizem católicos assumem votar nos candidatos da esquerda
Menos de 30 por cento dos que se dizem católicos assumem votar nos candidatos da esquerda

Os católicos franceses gostam pouco da esquerda, revela uma sondagem do Ifop para o jornal La Croix . De acordo com o estudo, cujos resultados foram hoje antecipados, menos de 30 por cento manifestam intenção de votar no conjunto dos candidatos de esquerda, enquanto que só o candidato do partido pró-governamental de direita Nicolas Sarkozy recolhe 33 por cento de votos entre os inquiridos.
Este apoio é ainda mais vincado se só se incluir os denominados católicos praticantes , que dizem ter uma prática regular de participação nas missas. Na primeira volta, estes católicos eleitores depositarão 62 por cento dos seus votos nos candidatos de direita, número que sobe aos 80 por cento se se incluir o centrista François Bayrou.
a candidata socialista Ségoléne Royal não capta mais do que 22 por cento de votos católicos , na primeira volta, número que contrasta com os 27 por cento de intenções no conjunto dos franceses. Mas o resultado é ainda mais baixo entre os patricantes : apenas 16 por cento dizem escolher Ségo .
À direita, Nicolas Sarkozy recolhe 33 por cento das intenções de voto entre os católicos, números que disparam para os 42 por cento entre os praticantes. Entre os franceses, Sarkozy recolhe apenas 28 por cento (mais um que os votantes em Ségoléne Royal).
Dos outros candidatos de direita, o extremista Jean-Marie Le Pen surpreende: comparando o voto católico com o total francês, o líder da Frente Nacional fica a ganhar entre os crentes em dois por cento (14 por cento, contra 12 por cento do total de franceses), número cuja diferença sobe para quatro por cento entre os praticantes (16 em cada 100 dizem votar em Le Pen). O centrista François Bayrou não beneficia muito do voto católico (apenas mais um por cento: 19 contra 18).
a ter lugar uma segunda volta, o cenário mais provável, o movimento de voto à direita será ainda mais marcado: 60 por cento dos católicos dizem ir votar em Sarkozy, número que volta a subir entre os praticantes – para 72 por cento.