Para os afectados são dias de angústia. Para os organismos de ajuda humanitária, de intenso trabalho. Para o governo é tempo de planificar. Para outros são dias de enviar e fazer chegar a ajuda
Para os afectados são dias de angústia. Para os organismos de ajuda humanitária, de intenso trabalho. Para o governo é tempo de planificar. Para outros são dias de enviar e fazer chegar a ajudaMuitas organizações estão envolvidas para mitigar o sofrimento e o desespero dos afectados pelas recentes calamidades em Moçambique. Juntam-se pessoas e meios para colaborar na reconstrução de vastas áreas do país que ficaram destruídas. Os meios de comunicação social de Moçambique falam de tudo e de todos. Menos da Igreja católica.
Parece que não encontram nada de relevante que faça notícia relativamente às acções humanitárias da Igreja Católica neste período de reacção à adversidade. Vale a pena dedicar umas linhas para apresentar a variedade de serviços que ela está a prestar aos sinistrados. É que a mão direita está a trabalhar sem que o saiba a mão esquerda.
O serviço da consolação através do trabalho incansável dos párocos, vigários, diáconos, religiosas e tantos leigos missionários e das comunidades cristãs espalhados nas diversas vilas e aldeias que sofreram as consequências do efeito natureza, não faz notícia.
O serviço da esperança, aproveitando o tempo de Quaresma para promover uma campanha de solidariedade não faz notícia. É uma rede capaz de envolver homens e mulheres, crianças e idosos, todos os que desejem dar de si para ajudar a quem tudo perdeu.
O serviço da auto-estima, para ajudar a recuperar a confiança em si e em Deus também não faz notícia em nenhum lugar do mundo. É um trabalho silencioso que olha para o coração da pessoa. a Igreja sabe que, mais importante que as estruturas físicas, é a estrutura interior da pessoa que precisa de apoio. É um trabalho de muita paciência feito em silêncio.