Simão Pedro, Nicolas Betino, Adelaide Gonçalves, Esperança Sousa e Silvano Gonçalves dinamizaram um conjunto de atividades missionárias na Madeira | Foto: DR

Um grupo de religiosos esteve em missão na Ilha da Madeira. Foram eles Simão Pedro e Nicolas Betino, dos Missionários da Consolata, Esperança Sousa, das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres, e Adelaide Gonçalves, das Irmãs de São José de Cluny. Os quatro estiveram em missão nas paróquias dedicadas a São Francisco Xavier, a São João Batista, e ao Espírito Santo.

Os missionários foram acolhidos, desde o mais pequenino ao mais idoso, com um calor humano de proximidade incrível. Nos encontros entre crianças, adolescentes e idosos, transpareceu a simplicidade, os sorrisos rasgados, sabedoria de vida, palavras de fé e muita generosidade de coração. Em cada Igreja foi possível encontrar a presença amorosa de Deus através de sacrários luminosamente assinalados, presépios carinhosamente elaborados, e em paroquianos fortemente ancorados na fidelidade à tradição antiga e à fé sempre renovada, o que encheu o coração dos missionários.

Em cada encontro com a juventude, cheia de energia e de alegria, os missionários encontraram um motivo para anunciar descaradamente um Jesus que continua por aí, a cuidar e a chamar. O envolvimento e empenho das catequistas, levou os missionários a encorajá-las com as palavras do Papa Francisco, dedicadas à importância do uso dos meios digitais, mas sem nunca perder a dimensão do face a face, coração a coração.

Os olhares cansados e profundos, mas cheios de brilho, nos idosos do lar da Santa Casa de Misericórdia, confirmaram a fé sempre viva e resistente do povo madeirense. O contentamento e agrado dos estudantes, a dedicação de professores e não docentes, fez com que os missionários lançassem um desafio e um convite direto a que cada um, independentemente do estado em que se encontre, siga Jesus Cristo, que continua a chamar operários para a Sua messe, que é grande. A fraternidade andante pelos caminhos da Calheta, louvando e cantando ao Menino Jesus, em cada presépio, lindo e luminoso, desafiou os missionários a testemunhar o “Vinde ver, como eles se amam”.

As orações para abençoar as mesas, antes e depois das refeições nas casas de algumas famílias, proporcionaram a integração dos missionários e acrescentaram novidade espiritual às coisas mais simples do quotidiano. Os louvores e ações de graças nos locais visitados, como lojas, restaurantes e cafés, foram uma ocasião para dar alento e ânimo aos funcionários e clientes, mostrando a possibilidade de um horizonte de felicidade eterna, para além deste vale de canseiras, dores e trabalhos.

O contemplar das estrelas, numa noite cálida e transparente, tocou a alma dos missionários, para um louvor único e eterno. A luminosidade de milhões de estrelas suspensas num firmamento quieto e silencioso, levou os missionários, na companhia do padre Silvano, pároco da Calheta, a entoar um cântico de louvor, ao Deus trinitário, Pai, Filho e Espírito Santo, que cria, redime, e santifica, todos aqueles que desejam fazer sempre e em tudo a Santa Vontade de Deus. A missão dos religiosos decorreu entre os passados dias 2 e 11 de janeiro.

Texto: Adelaide Gonçalves, Irmã de São José de Cluny