A Eucaristia da Peregrinação da Consolata foi presidida por José Ornelas, bispo na diocese de Leiria-Fátima, e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP). Na homilia, o prelado lembrou alguns dos dramas que afligem a humanidade como as guerras, os desastres naturais e o caso das “famílias que trabalham mas não conseguem cumprir os seus compromissos”. Dirigindo-se aos jovens, pediu-lhes para que “não deixem de sonhar”, e disse depois que são necessárias pessoas disponíveis para ajudar os que sofrem.

“Falta gente que enxugue as lágrimas, que procure caminhos de construção. São necessários caminhos de recuperação da vida”, disse o prelado, lembrando aos fiéis que atualmente se vive a quaresma, “um tempo de mudar de mente”. Num ano em há eleições em Portugal e na Europa, o bispo de Leiria-Fátima pediu aos fiéis para que votem. “Não podemos ficar em casa. Um cristão não se abstém. Temos de participar”, disse.

A concelebrar a Eucaristia estiveram Gianni Treglia, superior provincial dos Missionários da Consolata, e Bernard Obiero, conselheiro da Região Europa dos Missionários da Consolata. Os cânticos da celebração Eucarística foram entoados pelos elementos do Chorus, um coro missionário. A oração dos fiéis foi uma ocasião para lembrar os jovens inseridos na Igreja, os missionários e religiosos. A Peregrinação da Consolata contou com a presença de um grupo de pessoas que vivem sem abrigo na cidade do Porto, onde são apoiadas pelos missionários da Consolata, e o drama destas pessoas também foi lembrado neste momento da Eucaristia.

O ofertório decorreu sob um cântico em língua xitswa, falada no sul de Moçambique, e contemplou a atuação de Jovens Missionários da Consolata (JMJ) do Sul de Portugal, que representaram uma dança tradicional daquela região moçambicana. O momento de ação de graças foi preparado ao longo do dia por um grupo de crianças, que se envolveram num conjunto de atividades enquanto os seus familiares participavam no programa da Peregrinação da Consolata. No final da celebração, o padre Bernard Obiero agradeceu a todas as pessoas que deram o seu contributo para o sucesso da peregrinação, e lembrou a figura do padre João De Marchi, que chegou a Portugal em 1943 e abriu o primeiro seminário da congregação religiosa em Fátima.