Um ciclone violentí­ssimo, denominado “Fávio”, abateu-se sobre diversas localidades da província de Inhambane, a 22 de Fevereiro
Um ciclone violentí­ssimo, denominado “Fávio”, abateu-se sobre diversas localidades da província de Inhambane, a 22 de Fevereiroas fortíssimas rajadas de vento chegaram a atingir 180 quilómetros/hora. Vilankulos foi a cidade mais danificada. aí trabalham os missionários da Consolata andrea Brevi, Fernando Carneiro, Jorge Guilherme e Fabio Malesa. as habitações tradicionais foram em grande parte destruídas e há dezenas de milhar de pessoas a dormir ao relento. Um balanço provisório aponta para três ou quatro mortos e várias dezenas de feridos. a estrutura da casa dos missionários manteve-se, mas a força do vento e da água arrombou portas e janelas. Uma parte da Igreja ficou sem janelas e sem tecto. Na cidade os tectos de muitas construções de alvenaria foram levados pela fúria do vento. Entre estas o hospital, as escolas e os lares de estudantes. Não há electricidade, nem água potável, nem combustível. Muitas árvores tombaram ou ficaram despidas de ramos, provocando estragos nas casas e outros bens. Dizem os missionários que o espectáculo é desolador. as instalações hoteleiras também foram muito danificadas. Os socorros estão a chegar lentamente. Mais para o interior, concretamente na missão de Mapinhane, onde se encontrava o padre Fernando Carneiro na altura do ciclone, os danos foram menos graves. Porém repetiu-se o cenário de destruição das habitações de construção precária onde vive a quase totalidade da população. De Mambone, onde se encontram os missionários amadeu Marchiol e Gabriel Casadei e Pedro Bertoni, há menos notícias. Sabe-se que a maior parte das casas ficaram sem tecto. Os urbanística principais da missão resistiram bem à violência do ciclone. Houve danos nos urbanística escolares e nos armazéns e oficinas. De Inhassoro não há muita informação, mas conseguimos saber que a situação é muito parecida com a de Vilankulos. O Impacto do “Fávio”, também aí foi destruidor. a fúria do ciclone vem juntar-se a outras calamidades de que são vítimas as populações ribeirinhas do grande rio Zambeze, um pouco mais para Norte. as fortes chuvadas que se têm verificado nos países vizinhos obrigam a mega barragem de Cahora Bassa a emissões extraordinárias de água que vai alagar as margens a jusante. Milhares e milhares de pessoas têm as suas casas debaixo de água e procuram abrigo em zonas mais elevadas.