Centro Padre Alves Correia apoia há 30 anos imigrantes e refugiados | Foto: DR

Em 30 anos, foram mais de 100 mil os imigrantes em situação de vulnerabilidade que contaram com o CEPAC na construção dos seus projetos de vida. Este centro tem assumido um papel de relevo no acolhimento de imigrantes e refugiados. Na sua maioria mulheres, em idade ativa. Têm sido apoiadas pessoas que enfrentam várias vulnerabilidades associadas à sua situação documental, ao acesso à habitação, formação e trabalho digno.

Nos últimos anos, a instituição alargou a sua atividade aos territórios de maior pressão migratória da área metropolitana de Lisboa e assegura atendimentos nas freguesias de Unhos, Catujal, Sintra, Amadora e Arroios, contando com uma equipa técnica de 16 colaboradores e mais de 50 voluntários que garantem, diariamente, os serviços de atendimento e acompanhamento social, formação profissional, saúde e restantes serviços de suporte.

Enquanto Instituição Particular de Solidariedade Social, o CEPAC pertence às principais redes sociais e de empregabilidade de Lisboa, assumindo um papel relevante na concretização das respostas à população imigrante. Sob tutela do Alto Comissariado para as Migrações, o CEPAC é um dos Centros Locais de Apoio ao Imigrante (CLAIM) e responsável pela dinamização de um Gabinete de Inserção Profissional Imigrante (GIP), em parceria com o Instituto de Emprego e Formação Profissional.

O Livro de Atas do CEPAC tem início a 28 de março de 1992, data que assinala o início das atividades desta instituição, criada por iniciativa e sob a responsabilidade da Província Portuguesa da Congregação do Espírito Santo. Na ata lê-se:
“Batizou-se este centro com o nome do padre Alves Correia, missionário da congregação do Espírito Santo, falecido no exílio a 1 de junho de 1951, pelo seu trabalho em favor da justiça e paz e por ter sido um defensor ardente da verdade e dos direitos humanos, nomeadamente das classes mais desfavorecidas”. A instituição continua hoje a dar voz aos que a não têm e a contribuir para uma sociedade aberta e solidária, defendendo causas que poucos aceitam defender.

Ana Mansoa, Diretora executiva do CEPAC
Texto conjunto Missão Press