O resultado do referendo demonstra uma “cultura que não está impregnada de valores éticos fundamentais”, como é “o carácter inviolável da vida humana, aliás consagrado na nossa Constituição”
O resultado do referendo demonstra uma “cultura que não está impregnada de valores éticos fundamentais”, como é “o carácter inviolável da vida humana, aliás consagrado na nossa Constituição”aos fiéis católicos lembramos, neste momento, que o facto de o aborto passar a ser legal, não o torna moralmente legítimo. Todo o aborto continua a ser um pecado grave, defendem os bispos portugueses em nota pastoral.
É a reacção da Igreja ao resultado do referendo ao aborto, realizado a 11 de Fevereiro. Na mensagem O novo contexto da luta pela vida, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) apela aos médicos e profissionais de saúde para não hesitarem em recorrer ao estatuto de objectores de consciência’ que a lei lhes garante.
a CEP defende ainda que é necessário criar ou reforçar as existentes estruturas de apoio às mulheres com uma gravidez não desejada. Esta é uma das prioridades da Igreja que defende a convergência de todos, Estado e sociedade civil. Demos as mãos para acabar com o aborto e tornar a lei que agora se vai fazer numa lei inútil , referem.
a médio e longo prazo, a solução deve passar por uma política de educação que forme para a liberdade, concretizada numa correcta educação da sexualidade.
Os bispos entendem que a vivência desregrada da sexualidade é uma das principais disfunções sociais e da infelicidade das pessoas. Um planeamento familiar sadio é essencial e quando a geração de um filho não for fruto de irreflexão, mas de um acto responsável, estará resolvido, em grande parte, o problema do aborto.
Os prelados manifestaram ainda a satisfação pela mobilização verificada na campanha e assinalam que o debate do referendo esteve centrado na justeza de um projecto de lei que, ao procurar despenalizar, acaba por legalizar o aborto.
Leia a nota pastoral.