Presidente da Conferência Episcopal diz que o seu nome consta como colaborador da polícia comunista, sem que saiba como
Presidente da Conferência Episcopal diz que o seu nome consta como colaborador da polícia comunista, sem que saiba comoas revelações de eventuais relações entre o episcopado polaco e o antigo regime comunista, deposto em 1989, continuam a agitar a Polónia. agora, o arcebispo Jozef Michalik, que é actualmente o presidente da Conferência Episcopal da Igreja Católica da Polónia, veio anunciar que o seu nome consta como colaborador da antiga polícia secreta comunista (SB), sem que ele saiba como foi parar a essa lista.
Nada na minha vida pode justificar essa classificação como colaborador secreto da SB, afirmou D. Jozef Michalik na televisão pública TVP. Talvez tenham existido tentativas de recrutamento, não me recordo muito bem, mas nunca nada de formal, acrescentou.
O canal estatal de televisão mostrou ontem páginas do dossier de Jozef Michalik, descoberto pelo Instituto da Memória Nacional (IPN, na sigla em polaco), organismo que gere os arquivos da SB. De acordo com os documentos, o prelado foi registado pela polícia em 1975 sob o pseudónimo de Zefir. a colaboração terá cessado em 1978, no momento em que D. Jozef Michalik partiu para o estrangeiro.
Mas o próprio IPN mostra-se cauteloso quanto a sustentar o colaboracionismo de Michalik. No dossier não há qualquer relatório ou assinatura do actual arcebispo e, de acordo com o historiador, Jan Zaryn, do instituto, [os documentos] são demasiado modestos para poder pronunciar um veredicto.